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    Paraíba, onde o sol nasce primeiro e brilha mais!

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Da redação, ICP

Na ponta do Seixas, na Paraíba (no final da praia do Cabo Branco, com seu famoso farol), está localizado o ponto extremo leste da América do Sul. O lugar é também considerado o mais oriental das Américas e tem sido exaltado por poetas e compositores locais, como a cantora Cátia de França, na canção "Ponta do Seixas".

Quase todo o litoral do Estado tem praias de águas tranqüilas de cor verde-azulado, areias finas e coqueirais, às vezes com falésias ou recifes de coral. Na capital, João Pessoa, há Tambaú e Tambaba - a única praia oficial de nudismo do Nordeste.

O lado antigo da capital paraibana pode ser visto no centro histórico, que foi restaurado e conta com casarões do século XVII e igrejas. Considerados os mais importantes da América Latina, os belos exemplos de arquitetura barroca franciscana marcam a sede do governo, entre eles a Igreja de São Francisco, com seu amplo adro e fachada em formato triangular, o Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo e o Convento de Santo Antônio.

O município de Campina Grande, o mais populoso depois de João Pessoa, disputa com Caruaru, em Pernambuco, o título de "capital brasileira do forró". Em junho, a cidade transforma-se num arraial para celebrar a Festa de São João. O sertão também atrai visitantes, que procuram a cidade de Sousa para conferir as enormes pegadas de animais pré-históricos existentes no Sítio Paleontológico do Vale dos Dinossauros.

Dois detalhes importantes: na Paraíba o sol nasce antes que em qualquer outro lugar do Brasil e a nova rodovia PB-008 percorre todo o litoral sul do Estado nordestino.

João Pessoa é uma capital verde, com coloridas acácias, ipês e jambeiros. É também a terceira cidade mais antiga do Brasil, fundada em 1585, atrás apenas de Salvador e do Rio de Janeiro, se for levada em conta a data da sua fundação como cidade, não como vila.


Artesãos forjam a riqueza cultural


Estopa, conchas, bolas de gude, madeira, couro, osso, sementes... O artesanato paraibano mostra a riqueza da cultura local e, para conhecê-lo, a dica é visitar a Casa do Artesão Paraibano, na capital.

Superinteressantes são os bonecos criados com bolinhas de gude. Com massa epóxi e tinta, os artesãos criam personagens tradicionais do universo infantil, como a Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, e o cangaceiro Lampião e sua mulher, Maria Bonita. Por um preço acessível, cerca R$ 2,00, muitos turistas, ao retornarem para casa, levam vários artesanatos para presentear suas famílias.

Outro trabalho interessante muito em alta no mercado da praia de Tambaú é o confeccionado com conchas do mar, que se transformam em jangadas, baú, cinzeiros, porta-lápis... Há também diversos produtos de vime, palha, crochê e madeira.


Os pratos sertanejos


A culinária típica da Paraíba tem origem no sertão. Carne-de-sol, macaxeira (mandioca), buchada de bode, rubacão, sovaco de cobra e paçoca são alguns exemplos de pratos consumidos pelos sertanejos e que conquistam o paladar dos turistas nos restaurantes em todo o Estado.

Na capital, o mais badalado deles é o Mangai, inaugurado há 12 anos, e freqüentado por estrelas da música e atores globais de passagem pela Paraíba, como mostra um painel de fotos no restaurante. Localizado no bairro de Manafra, perto da praia, o Mangai tem uma grande variedade de pratos, alguns criados lá mesmo.

A proprietária, Leneide Maria Tavares, 46 anos, é conterrânea do cantor Chico César, de Catolé do Rocha, no sertão paraibano. Ela traz da sua fazenda os produtos que abastecem o Mangai (o nome vem de "mangalho", feira popular onde se vende de tudo). "Os pratos são ricos. Tem tudo o que a pessoa precisa", diz Leneide, mais conhecida como Párea.

Leneide explica que alguns pratos levados pelos vaqueiros sertanejos em seus "bornós" (bolsas de couro) não podiam estragar. "Por isso usa-se muito a carne-seca, como na paçoca". Entre as receitas criadas no restaurante, a "gororoba" (mistura de macaxeira, charque e queijo coalho).

Já o rubacão leva feijão verde, arroz, carne-de-sol (ou charque), tomate, pimentão e queijo coalho. "Esse tipo de prato facilita a vida da mulher do sertanejo, que faz um prato só com tudo que é necessário", diz ela.

A buchada, outro prato bem típico da culinária paraibana, é feita com as vísceras do bode picadas e colocadas dentro do estômago do próprio animal, que é costurado.

Um clássico da comida local é a carne-de-sol, acompanhada de macaxeira cozida, feijão verde, arroz branco, farofa e manteiga da terra (manteiga de garrafa). É a especialidade dos restaurantes Recanto do Picuí e Picuí Praia.

A proprietária do primeiro, Marilene Cordeiro da Silva, 57 anos, conta que a carne-de-sol utilizada no restaurante vem de Picuí, cidade no Cariri paraibano. "Antes de levá-la para assar na churrasqueira, nós a colocamos de molho no leite, para retirar o excesso de sal e para que ela fique mais macia".


A fé do paraibano está em quê?


Como na maioria dos Estados brasileiros, a presença da idolatria e do paganismo ainda é forte em todo o Estado. O catolicismo é praticado com grande dose de sincretismo religioso com as crenças locais, produzindo uma fé mística e folclórica. Mas, particularmente, a cidade de Campina Grande, no interior da Paraíba, distante 126 quilômetros da capital João Pessoa, tem-se destacado como o principal pólo espiritualista brasileiro.

Anualmente, Campina Grande tem sediado o Encontro para Nova Consciência, um congresso multi-religioso no qual se reúnem representantes de religiões, seitas, ciências, filosofias, artes e tradições de vários Estados brasileiros e de outros países, transformando a cidade num gigantesco centro de heresias.

Mas, em contrapartida, o VINACC - Visão Nacional para a Consciência Cristã, presidido pelo pastor Rivaldo Alves da Silva, oferece, em seus Encontros, uma resposta cristã ao evento ecumênico. (Mais informações sobre esse trabalho podem ser adquiridas pelos seguintes telefones: (83) 342-4654 ou 9362-3738. Ou pelo e-mail: vinacc@conscienciacrista.org.br)

Segundo levantamento da Sepal, a Paraíba conta com mais de cem cidades sem que haja uma presença significativa de evangélicos, menos de 1% (veja lista www.icp.com.br ). Devido a esse, dentre tantos outros desafios sociais e evangelísticos, o Estado paraibano deve ser alvo de nossas orações e investimentos missionários.

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