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Ao Senhor teu Deus adorarás (Mateus 4.10)


Testemunhas de Jeová. Dizem que Jesus não deve ser adorado nem servido, e usam o texto em referência para afirmar que o próprio Jesus declarou isso, ou seja, que somente Jeová (Deus) deve ser adorado e servido.

Resposta apologética: A Bíblia ensina que não devemos adorar nem servir outros deuses. Somente Deus deve ser adorado e servido (2Rs 17.35). Entretanto, Paulo recomenda: “Porque a Cristo, o Senhor, servis” (Cl 3.24). Então, se as Testemunhas de Jeová estivessem corretas em sua afirmação sobre a pessoa de Cristo (mas não estão), há algo decididamente errado. Se Cristo, como dizem, é “um deus” (Jo 1.1 – TNM), obviamente é impróprio servi-lo, de acordo com 2Reis 17.35. O único meio de conciliar os dois textos (a referência em estudo com Cl 3.24) é crendo nas Escrituras Sagradas, conforme os cristãos têm ensinado, ou seja, que Cristo é o Deus Todo-Poderoso.

Não somente é errado servir a outros deuses como também prostrar-se diante deles. Entretanto, em Mateus 28.9, lemos o seguinte: “E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram”. Vemos, aqui, as mulheres prostrando-se diante do Cristo ressuscitado e o adorando. Se Cristo, de fato, fosse um deus de segunda ordem, essas mulheres seriam culpadas por terem se prostrado diante de outro deus que não é o Deus verdadeiro.

A teoria das Testemunhas de Jeová de “um deus”, referindo-se a Jesus, é blasfema. Ainda blasfemam quando, para justificar o texto, citam 2Coríntios 4.4, comparando Jesus com o diabo, “o deus deste século”. O que nos admira é que os adeptos dessa seita se julgam cristãos (V. comentário de Hb 1.6, sobre o verbo adorar, e 2Co 4.4, a respeito do “deus deste século”).

Islamismo. Em negação à doutrina da Trindade, os muçulmanos, apoiando-se no texto em referência, dizem que “Ele [Jesus] acreditava em um ser divino, em um Deus...”.

Resposta apologética: Claro que Jesus acreditava em um único Deus, pois a doutrina da unicidade de Deus é a viga-mestra do Novo Testamento. Deuteronômio 6.4 foi citado por Jesus em Marcos 12.29 e, no versículo 32, diz: “E com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele”. O apóstolo Paulo afirma: “Todavia para nós há um só Deus” (1Co 8.6; Ef 4.6).

O ensino de Jesus não é contraditório à doutrina bíblica da Trindade em nenhum ponto. Ao contrário, esclarece o que antes estava implícito no Antigo Testamento. A unidade de Deus não é absoluta, mas composta (V. comentário de Dt 6.4). Enquanto o Antigo Testamento revela a unidade da Trindade, o Novo Testamento, por sua vez, revela a Trindade na unidade. A doutrina bíblica da Trindade não neutraliza e muito menos contradiz a doutrina da Unidade, e a doutrina da Unidade não anula a doutrina da Trindade (V. comentários sobre a Trindade em Mt 28.19; Ef 4.4-6; 1Co 12.4-6; 2Co 13.14 — ACF — e o Credo de Atanásio, escrito contra os arianos, muitos anos antes do surgimento do Islã).

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