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Estava sentado no trono régio [...] lançou um olhar no auge do seu furor (Acréscimos de Ester 5.1c, d)


Catolicismo Romano. O texto apócrifo indica, claramente, que o rei ficou enfurecido por Ester ter-se apresentado na presença dele sem a permissão protocolar exigida pela lei.

RESPOSTA APOLOGÉTICA. De fato, a possibilidade de o rei reprovar o ato da rainha era muito grande, pois havia uma lei que impedia essa prática. Tão grave era a atitude da rainha, que, consciente disso, ela convocou toda a nação judaica para jejuar em favor dessa situação: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci” (Et 4.16). Contudo, a despeito disso, o texto canônico é frontalmente contrário ao apócrifo; porquanto, nada afirma sobre o furor do rei ao perceber, repentinamente, a rainha em sua presença, antes, o texto bíblico diz que a rainha foi bem-sucedida e que o rei para ela estendeu o cetro, a fim de que a lei não fosse transgredida: “E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro” (Et 5.2).

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