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...e vou morrer de profunda angústia, em terra estrangeira (1 Macabeus 6.13)


Catolicismo romano. Este texto registra a morte de Antíoco Epífanes em terra estrangeira de maneira contraditória.

RESPOSTA APOLOGÉTICA. O primeiro livro de Macabeus situa a morte de Antíoco Epífanes depois da dedicação do templo, como podemos ler dois capítulos atrás: “Então Judas e seus irmãos disseram: ‘Eis que nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o Santuário e fazer a dedicação’ (...) Tomaram pedras, não talhadas, conforme a Lei, e construíram novo altar, reproduzindo o modelo anterior. Reconstruíram o Santuário, assim como o interior do Templo, e santificaram os átrios. Fizeram novos utensílios sagrados, recolocaram no Templo o candelabro, o altar dos perfumes e a mesa (...) Durante oito dias celebraram a dedicação do altar, oferecendo holocaustos com alegria e também sacrifícios de comunhão e de ação de graças.” (4.36, 47-49, 56). Contudo, o segundo livro de Macabeus dá-nos a entender que primeiro Antíoco morre e somente após o Templo é dedicado. Vejamos: “Assim, aquele homicida e blasfemo morreu miseravelmente nas montanhas de país estrangeiro, vítima de sofrimentos tão horríveis quanto os por ele infligidos aos outros. Macabeu e seus companheiros, guiados pelo Senhor, retomaram o Templo e a Cidade. Destruíram os altares que os estrangeiros tinham erguido nas praças públicas e também os recintos sagrados. Depois de purificarem o Templo, ergueram outro altar.” (2Mc 9.28; 10.1,2). Os acontecimentos são anacrônicos quando ambos os livros são comparados. Afinal: Antíoco morreu antes ou após a dedicação do Templo?

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