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E arrepende-te deste mal contra o teu povo (Êx 32.12)


Ceticismo. Questiona a imutabilidade divina descrita na Bíblia (Nm 23.19; Ml 3.6; Tg 1.17), visto que a referência em estudo identifica "arrependimento" na conduta de Deus, o que não condiz com sua natureza perfeita e presciente, conforme pretendida pela teologia bíblica.

Resposta apologética: O emprego da linguagem antropomórfica na referência em pauta não desmerece a presciência do Deus Todo-Poderoso e muito menos contradiz as declarações bíblicas que atestam a imutabilidade divina. A expressão "arrepende-te", que em seu sentido real significa "mudar de atitude", é simplesmente uma indicação, em linguagem humana, de que o procedimento de Deus para com o homem que peca é necessariamente diferente da posição que o Senhor toma em relação à pessoa que lhe obedece.

Um exemplo prático e perfeitamente aplicável pode ser visto na vida de Jonas (Jn 3.4-10). Deus pretendia destruir Nínive por causa da extrema malícia de seus habitantes, tal como fez com Sodoma, por meio de seu imutável critério e justiça divina. Mas a obediência dos ninivitas, por conta da pregação do profeta Jonas, fez que Deus optasse por uma "mudança de atitude". Ou seja, uma aplicação correta (em termos divinos) de sua justiça, em uma perfeita e sábia demonstração de que o Pai sabe lidar apropriadamente com as mudanças de comportamento dos homens.

Confrontando o "arrependimento" de Deus com o arrependimento do homem, constatamos haver grandes diferenças. O homem, quando se arrepende, muda seus critérios, seus valores e, conseqüentemente, sua atitude. O Senhor Deus, não, ao se "arrepender", muda de atitude, mas sem jamais alterar seus critérios, característica em que se acha estampada sua imutabilidade!

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