Apologética



Testemunhas de Jeová - Parte XIV – Os Ungidos e a Grande Multidão


As TJs crêem:

O ‘pequeno rebanho’ de Lc 12.32 deve ser igualado com os 144 mil de Ap 7.4-6 e Ap 14.1-3;

Jesus disse que apenas um pequeno rebanho receberia o Reino Celestial como recompensa Lucas 12.32. O número total seria de 144 mil (Rev 14.1-3). Esse grupo começou a ser selecionado em 33 a.D. Razoavelmente, haveria um número pequeno que participaria atualmente (“Raciocínios à Base das Escrituras”, p. 88) (destaque nosso).

João o Batizador, não irá para o céu... Davi, Jó e João o Batizador, receberão a ressurreição para a vida aqui na Terra. De fato, todos os homens e mulheres fiéis que morreram antes de Jesus morrer tinham a esperança de viver novamente na Terra, não no céu; serão ressuscitados para se tornarem parte dos súditos terrestres do Reino de Deus... (“Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra”, 14/6-7,18-19) (destaque nosso).

Quando um dos ungidos morre vai imediatamente para o céu. Embora não creiam na sobrevivência da alma, afirmam que os tais ressuscitam espiritualmente e passam a reinar com Cristo no céu.

Resposta Apologética:

Os saduceus negavam a ressurreição e propuseram a Jesus o caso de uma mulher que se casara com sete irmãos e perguntaram: Então, na ressurreição seria ela esposa de quem dado que fora esposa dos sete irmãos mortos? Jesus respondeu: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus; porque na ressurreição, nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu (Mt 22.23-30). Ora, Jesus ainda não havia morrido, quando os saduceus trouxeram este ‘problema’ para Ele resolver. Assim, não é difícil perceber que as pessoas que serviam a Deus e morreram antes da morte de Jesus, terão uma existência bem diferente da que é cogitada pelas TJs. Elas serão como os anjos de Deus no céu, não se casarão nem serão dadas em casamento (destaque nosso).

Jesus declarou em Mt 8.11 que santos do Antigo Testamento como Abraão, Isaque e Jacó irão para o céu: Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque e Jacó, no reino dos céus.

Paulo escreveu em 1.1,12 ...a todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo... Quem são os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus? São apenas 144 mil pessoas ou mais do que isso? Em 1 Co 15.51-52 diz que ‘nem todos dormiremos’ (morreremos), mas que todos seremos transformados, o que quer dizer que todos os que invocam o nome de Jesus serão arrebatados para o céu no dia da vinda de Jesus. Isso é visto também em Fp 3.20-21 quando Paulo fala que nossa cidade está nos céus, donde aguardamos o Salvador Jesus Cristo.

A expressão pequeno rebanho de Lc 12.32 se refere aos seguidores de Cristo na ocasião que eram poucos. Não existe base bíblica para comparar esse pequeno grupo de seguidores de Jesus com os 144 mil de Ap 7.4-6 e Ap 14.1-3.

Ap 7.4-6 fala de 144 mil assinalados de todas as tribos dos filhos de Israel. Esses não são selados para se tornarem israelitas. Eles são selados dentre as 12 tribos de Israel para se tornarem membros dos 144 mil escravos de Deus (Ap 7.3). Até 1934 as TJs ensinavam que os 144 mil compunham o Israel natural (judeus naturais) e que todas as demais iam para o céu. Consideravam-se como a dama de companhia da noiva (a Igreja). Se a noiva (Igreja) ia para o céu, a dama de companhia (todas as TJs) iam também para o céu.

NOTA: É importante destacar que essa classe do pequeno rebanho começou a ser indicada a partir de 1935. Antes dessa data, todas as TJs tinham uma só esperança: a esperança celestial com base em Ef 4.4.

Dizem elas:

Quando consideramos o que realmente tem acontecido, parece evidente que a chamada celestial, em geral, foi completada por volta do ano 1935 a.D., quando se passou a discernir claramente a esperança terrestre da grande multidão (“Unidos na Adoração do único Deus Verdadeiro”, p. 112) (destaque nosso). Jesus avisou dos falsos mestres que fechariam a porta do céu para os homens, não entrando nem deixando entrar os que queriam entrar (Mt 23.13-15).

Acrescentam elas:

Até meados do primeiro semestre de 1935, as testemunhas dedicadas e batizadas de Jeová de boa fé haviam tido uma só esperança que lhes é apresentada em Efésios 4.4-6, como segue: ‘Há um só corpo a um só espírito, assim como também fostes chamados em uma só esperança (“A Sentinela” de 15-3-1983, p. 19).

Fiquemos com a Bíblia: eu sei o que vocês fazem. Sei que têm pouca força. Vocês têm seguido os meus ensinamentos e têm sido fiéis a mim. Eu Abri Diante De vocês Uma Porta Que Ninguém Pode Fechar (palavras de Jesus) BLH.

AS OUTRAS OVELHAS E/OU A GRANDE MULTIDÃO

A expressão outras ovelhas é tirada de Jo 10.16. Jesus disse tenho outras ovelhas e não que tenho outras ovelhas a partir de 1935. O verbo ter está no tempo presente ‘tenho’ e não no futuro, terei. Quando começou a pregar mandou que se pregasse apenas aos judeus (Mt 10.5-6; 15.14), restringindo-se, assim, aos judeus. Posteriormente, João disse que eles não o receberam (Jo 1.11). Jesus ressuscitado mandou que se pregasse aos gentios (Mc 16.15-16). Os gentios eram as outras ovelhas que passaram a crer em Jesus da mesma forma que os judeus seus seguidores o fizeram. À medida que crêem se tornam um só povo (Ef 2.11-15). Todos os que fazemos parte do novo pacto firmado por Jesus temos esperança celestial e não apenas 144 mil pessoas (Hb 3.1).

PRIVILÉGIOS USURPADOS DAS OUTRAS OVELHAS:

a) não são filhos de Deus por adoção, condição essa indicada para todos os que recebem a Cristo como Senhor e Salvador (Jo 1.12; Gl 4.4-6);

b) só têm perdão de pecados herdados e não perdão de pecados atuais, ao passo que o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7,9; 2.12);

c) não estão ligados à videira que é Jesus, ou melhor dizendo, não são as varas da videira de Jo 15.1-6. Precisam estar ligados às varas, os ungidos e não à videira, que é Jesus;

d) não participam da Ceia do Senhor (refeição noturna). São apenas observadores;

e) não têm Jesus como mediador, embora em 1 Tm 2.5 se diga que Jesus é mediador de todos os homens que o aceitam como Salvador e Senhor. Seu mediador são os 144 mil;

f) não precisam nascer de novo, embora Jesus tenha dito que é indispensável nascer de novo (Jo 3.7);

g) não entram pela porta que é Jesus (Jo 10.9), mas sobem por outra parte;

h) não são justificados pela fé (Rm 5.1);

i) não pertencem a Jesus (2 Co 13.5);

j) precisam vencer quatro provas para obter vida eterna na terra;

lª Prova: na vida atual

2ª Prova: durante o Armagedom

3ª Prova: durante o reinado de mil anos de Cristo

4ª Prova: depois dos mil anos, quando Satanás será solto.

Comparando Ap 7.9-15 com 19.1 se conclui que a Grande multidão irá para o céu e não ficará na terra, como ensinam erroneamente as TJs. A Grande Multidão presta serviço sagrado no templo de Deus (7.15) e João viu que o templo de Deus fica no céu (11.19).

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