Apologética



Evidências do dilúvio bíblico


Da Redação

Muitas são as especulações propagadas em todo o mundo com a finalidade de diminuir a imagem do Livro Santo. Veículos de comunicação sérios, didáticos e de grande circulação esmeram-se por colocar em xeque os eventos narrados na obra literária mais antiga e de maior aceitação da humanidade: a Bíblia.

Entre os fatos que mais despertam a descrença dos críticos, está a história do dilúvio. Narrado nos capítulos 6, 7 e 8 de Gênesis, primeiro livro da Bíblia, o propósito desse fenômeno sobrenatural catastrófico, ocorrido segundo a vontade e sob o comando de Deus, era exterminar a raça humana, devido à proliferação da maldade que emanava do homem (6.5,7).

As proporções desse evento, todavia, tornaram-se motivo das reiteradas especulações, nas quais se questionava, entre outras coisas, o tamanho da arca que acomodou Noé, sua esposa, seus filhos e as esposas de seus filhos, além de um casal de toda espécie animal vivente na ocasião.

Outro questionamento que surgiu levantava dúvidas sobre a área atingida pelo fenômeno; ou seja: teria sido afligida a terra parcialmente ou em sua totalidade?Essa questão, especificamente, não será alvo de nossa abordagem aqui, pois, sobretudo, entendemos ser importante que os cientistas, geólogos, arqueólogos e demais estudiosos, em sua ânsia de conhecer a verdade, já revelaram à humanidade a evidência de tal acontecimento, independentemente da extensão. E tais provas mantêm ilesos os alicerces que sustentam a veracidade da Palavra de Deus.


O cenário bíblico


"E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. E disse o Senhor: Destruirei de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até o animal, até o réptil e até a ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor" (Gn 6.5-8).

A terra, cheia de violência e corrupção, estava pronta para o juízo do Deus Todo-Poderoso: a destruição dos habitantes da terra com um grande dilúvio. Contudo, o justo Noé e sua família seriam poupados dessa inundação, por meio de um grande barco de madeira que Deus lhes ordenara construir.

"Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra. Faze para ti uma arca de madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. E desta madeira farás: de trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na arca uma janela e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros" (Gn 6.13-16).

Depois de receber as especificações do barco, Noé e sua família levaram 120 anos para construir a arca. O dilúvio prometido veio finalmente, destruindo toda vida, exceto a de Noé, de sua família e de um casal de cada animal que tinha sido levado para a arca. "Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra, e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu. Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne que se movia sobre a terra" (Gn 7.19-21).

A chuva, finalmente, parou e "as águas iam-se escoando continuamente de sobre a terra, e minguaram ao cabo de cento e cinquenta dias. No dia dezessete do sétimo mês, a arca repousou sobre as montanhas de Ararate" (Gn 8.3,4).


A construção da arca


Muito se fala sobre a possibilidade de o homem antigo poder construir um barco tão imenso. Seria um empreendimento grande demais para alguém que vivesse nos dias de Noé? O cientista britânico Filby (1971, p. 80) dá uma resposta ressonante: "Parece razoável, no nível natural, supor que Noé possuísse esse gênio para a construção, que se manifesta, de tempos em tempos, através da história, construindo algo muito além das realizações de seus contemporâneos".

Esse foi seguramente o tipo de gênio mostrado por Imhotep, no desenho da Pirâmide dos Degraus (Step Pyramid); do arquiteto dos Jardins Suspensos da Babilônia; de Ictinus e Callicrates, na construção do Partenon; e de Chares de Lindus, na edificação do Colosso de Rodes. Se rejeitarmos a história e dissermos que a tarefa era excessivamente grandiosa, e que homem algum poderia estar tão adiantado em relação aos seus contemporâneos, devemos, então, rejeitar igualmente todas as maravilhas do mundo antigo. "Noé foi apenas o primeiro nessa linha de gênios que projetaram e construíram algo que excedeu, em muito, a capacidade de seus contemporâneos", declara Filby (1971, p.81).

Assim, embora o desenho arquitetônico tenha sido proveniente de Deus, não há necessidade de apelar para o miraculoso, com respeito à construção da arca. A história antiga nos fornece vários exemplos de construções surpreendentes de proporções espantosas.


As dimensões da arca e as condições de navegação


A arca teria condições de suportar a violência das águas do dilúvio? Dr. Henry Morris, ex-professor de engenharia hidráulica e presidente do departamento de engenharia civil do Instituto Politécnico de Virgínia (EUA), mostrou que o tamanho e o desenho da arca fariam com que ela fosse estável, capaz de suportar o ataque violento do dilúvio. Conclui Morris (1971, p. 144): "A arca, como desenhada, era, portanto, de todos os modos, grandemente estável, admiravelmente adequada para o seu propósito de enfrentar as tempestades do ano de grande inundação".

O cientista britânico Frederick A. Filby (1971, p.115), em obra já referida, também comenta as condições de navegação desse empreendimento: "O relato babilônico que fala da arca como um cubo demonstra completa ignorância. Um barco desse tipo ficaria girando vagarosamente em torno de si mesmo. Essas proporções são importantes do ponto de vista da estabilidade, de arfagem e de balanço. A razão entre comprimento e largura, 300 para 50, é de 6 para 1. Tomando a média de seis navios modernos com aproximadamente o mesmo tamanho, escolhidos entre seis linhas de navegação diferentes, obtemos, como exemplo, uma proporção de 8,1 por 1.

O enorme Rainha Elizabeth tem uma proporção de 8,16 por 1. Já a do Canberra, é de 8,2 para 1. Mas, esses navios foram projetados com vistas à velocidade; a arca, não. Alguns dos gigantescos petroleiros têm proporções de cerca de 7 para 1. Ainda mais interessantes são os números para o Great Britain, projetado por Brunel, em 1844. Suas dimensões eram de 106 metros de comprimento por 17 de largura, de modo que as proporções são quase exatamente às da arca. Brunel acumulara o conhecimento de gerações de armadores para nele se basear. A arca foi o primeiro barco dessa espécie".


Evidências arqueológicas e geológicas


No último ano do século 18, iniciou-se um grande surto de escavações arqueológicas no Egito. Ao longo do tempo, foram descobertas cidades cuja existência nem se suspeitava ou se supunha lendárias. Palácios antigos, templos luxuosos, inscrições esclarecedoras. Maravilhas da arte e da civilização enterradas no solo foram trazidas à luz por meio de pás e picaretas empunhadas por cientistas.

No período de 1871 a 1877, o arqueólogo Warren explorou metodicamente a Cisjordânia. Entretanto, a primeira relevante escavação na Palestina começou em 1890, com o arqueólogo Flinders Petrie. Quase quarenta anos mais tarde, seus trabalhos deram o primeiro grande fruto. Uma manchete, divulgada em todos os grandes jornais do mundo, anunciava, em letras gigantes: "Encontrados vestígios do dilúvio!".

Mesmo entre os crentes mais fervorosos, havia muitos que consideravam a história da inundação uma lenda piedosa, ou uma alegoria, sujeita a várias interpretações. E eis que uns punhados de cientistas, ao escavarem a terra, encontram indícios capazes de dar os elementos arqueológicos de sustentação à história de Noé e à sua arca.

Foi este o grande momento em que se deslumbrou a importância da arqueologia e das demais ciências exploratórias, ao descobrir as provas de um drama bíblico que se considerava fantasia. As escavações começaram em Tell-al-Muqayyar, em 1923, sob a chefia de Sir Charles Leonard Wooley, e se estenderam por seis anos. Wooley deparou-se, em primeiro lugar, com restos de templos e túmulos reais de Ur, cidade onde viveu Abraão. Nesses túmulos, jaziam verdadeiros tesouros, datados de 2800 a.C.. A saber: peças de ouro e bronze, mosaicos de madrepérola, lápis-lazúli e prata. Logo abaixo deles, entre cinzas de madeira, Wooley achou numerosas tabuletas de argila, com inscrições muito mais antigas que as encontradas nos túmulos. A julgar pela escrita, deviam ter sido redigidas por volta de 3000 a.C.

À medida que o arqueólogo escavava, atingia novas camadas e trazia à luz objetos não muito diversos daqueles das partes superiores. Em dado instante, Wooley esbarrou numa camada de puro limo, idêntico ao deixado pela água após uma inundação. A princípio, o cientista julgou que este limo tivesse sido acumulado pelos aluviões do rio Eufrates, em outras eras. Mas, logo abandonou a hipótese, ao verificar que a camada de limo estava muitos metros acima do nível do rio. Portanto, não poderia ter sido formada por suas águas.

Após escavar mais três metros, a camada terminou e surgiram restos de habitações humanas. Mas, os objetos ali encontrados haviam sido feitos com uma técnica distinta. As bilhas e escudelas, por exemplo, descobertas em cima, haviam sido modeladas em tornos, enquanto as que foram achadas na parte inferior tinham sido feitas à mão. Wooley concluiu, então, que pertenciam a épocas muito diversas, e que a camada de limo se formara em consequência de uma grande catástrofe natural: o dilúvio.

Além disso, o arqueólogo encontrou, na camada de limo, vestígio de pequenos animais marinhos. Em outros poços que escavou, deparou-se com camadas iguais. Restava-lhe apenas descobrir a extensão do fenômeno. Após outra série de escavações, Wooley concluiu que o dilúvio teria coberto o nordeste do Golfo Pérsico, uma área de 630 quilômetros de comprimento por 160 de largura, e, de acordo com a idade das camadas, deduziu que a catástrofe teria ocorrido por volta de 4000 a.C., exatamente o período bíblico ao qual se confere a existência de Noé e a ocorrência desta catástrofe. A arqueologia, paralelamente a acontecimentos sobrenaturais como o dilúvio, aprofundou-se em estudos, escavações e pesquisas, para desvendar, por exemplo, os mistérios envoltos na também trágica narrativa da destruição de Sodoma e Gomorra.


Evidências zoológicas e botânicas


Os restos de rinocerontes, mamutes, cavalos, cabras, bisões, leões e outros animais, em regiões que agora são árticas, geladas, mostram que, em outras épocas, aquelas porções do globo eram próprias para servir de hábitat para animais de sangue quente, o que indica extremas modificações no clima dessas regiões.

Alguns mamutes parecem ter sofrido um choque mais drástico quando da transformação da temperatura até então propícia a estas espécies, umas vez que alguns fósseis dessa raça foram encontrados em tal estado de conservação que ainda havia alimentos não digeridos em seus estômagos, indício claro de um congelamento instantâneo. Focas encontradas no lago Baical, na Sibéria, são idênticas as que hoje se encontram em quantidade nas águas do Alaska. Medusas fósseis têm sido encontradas incrustadas na lama.

Ora, tais espécies não poderiam ter sido preservadas senão a partir de um congelamento instantâneo, causado por uma súbita mudança dos pólos. De que outra forma, questiona a arqueologia, poderiam as medusas, de compleição física mole, terem endurecidos como rochas? E o que dizer, ainda, sobre os fósseis mais delicados, como as marcas das patas de um passarinho e os sinais deixados pela queda de uma gota d´água?


O porto seguro da arca


"Deserto". Este é o significado hebraico do nome Ararate, concedido à região montanhosa que se situa entre o rio Tigre e as montanhas do Cáucaso, conhecida como Armênia, mas chamada Urarti nas inscrições assírias.

Ararate foi o nome empregado para designar a cadeia de montanhas, especialmente ao duplo pico em forma de cone, separados por um intervalo aproximado de onze quilômetros. Atingem a altitude de mais de cinco mil metros e o maior pico recebe o nome de Massis pelos nativos, ou, ainda, Varaz-Baris, enquanto os persas lhe atribuem o título de Kuhi - Nuh, que, traduzido, significa "Monte de Noé", cujo cume é perpetuamente coberto de neve. Tradições nativas dizem que a arca teria pousado sobre o cone Sul, mas as inscrições assírias indicam um ponto ainda mais ao Sul daquele que os nativos apontam, a saber, o monte Nish´r, com quase três mil metros de altura.

Uma das descrições mais gráficas da região do Ararate foi dada por M. M. Kalisch (1858, p. 203) em seu comentário sobre Gênesis, escrito há mais de 100 anos. Vejamos:

"O Ararate consiste em dois picos desiguais, ambos desaparecendo nas nuvens; o cume mais alto tem 5.165 metros de altura, enquanto o pináculo a Noroeste se eleva 4000 metros acima do nível do mar. Eles ficam a onze quilômetros de distância um do outro.

"O platô sobre o qual o Ararate se alteia tem uma altura considerável. Mas, visto da extensa planície que circunda sua base, causa a impressão de que as maiores montanhas do mundo estão ali, empilhadas uma sobre a outra, para formar esta sublime imensidão de terra, rocha e neve.

"Os dois picos do Ararate são separados por um vasto e escuro abismo, que se aprofunda para o interior da montanha, enchendo o espectador de medo e tremor, contendo, em seus mais secretos recessos, imensas massas de gelo que nunca se derretem, na dimensão de enormes torres. Este estupendo e medonho abismo é, provavelmente, a cratera extinta do Ararate, que se alargou, mais do que nunca, depois da erupção de 1840, expondo, a partir dessa catástrofe, os feldspatos brancos, amarelos e vítreos, em sua parte superior, que formavam a montanha. Eremitas piedosos parecem ter procurado, nesse terrível precipício, refúgio dos cuidados e vaidades do mundo.

"A vegetação nos flancos da montanha é extremamente escassa; pedras, areia e lava formam a sua massa; águias e falcões pairam ao redor de seus picos majestosos. Só na estação mais quente é que a neve se derrete no alto do Ararate Menor. E esse evento é usado como uma espécie de calendário pelos agricultores nos povoados vizinhos. Em setembro e outubro, ele fica geralmente livre da crosta branca. Mas, o Grande Ararate, até cerca de cinco quilômetros do cume, fica todo coberto de neve e gelo, e, durante a maior parte do ano, permanece sombriamente envolto em uma nuvem densa e pesada. O topo desta nobre montanha forma uma plataforma ligeiramente convexa, quase circular, com cerca de duzentos passos de circunferência.

"Na beirada, o cume se torna íngreme, especialmente do lado Nordeste. Uma leve depressão liga esse pináculo com a eminência um pouco menor, a uma distância de 363 metros. E é nesse local que se acredita que a arca de Noé pousou".


O dilúvio através das culturas


O dilúvio de Gilgamesh

Diz-se que algo parecido ocorreu com Gilgamesh, herói popular da Mesopatâmia. Sua história, gravada em doze tabuletas de barro, foi encontrada por Rawlinson (1850), na cidade assíria de Nínive, mais particularmente na biblioteca de tijolos do rei Assurbanipal.

Segundo a narrativa lendária, Gilgamesh, ávido de assegurar para si a imortalidade, procurou seu antepassado, Utnapistin, a quem os deuses confiaram o segredo de não morrer. Utnapistin contou-lhe que vivera um tempo em Shurupak. E lá, adorara, fielmente, o deus Ea. Quando os deuses decidiram aniquilar a humanidade por meio de uma inundação, Ea avisou-lhe e ordenou-lhe que abandonasse tudo, construísse um barco e nele colocasse todas as sementes da vida. Então, sobreveio a catástrofe: chuvas torrenciais, cheias dos rios e das marés, erupções vulcânicas, terremotos! Durante seis dias e seis noites, o vento soprou com violência e a terra toda mergulhou na escuridão. Todavia, nenhuma camada do dilúvio foi encontrada em Ereque (Nínive), a cidade associada ao épico de Gilgamesh.


O dilúvio dos índios carajás

No Brasil, crenças diluvianas existem entre as tribos de diversas regiões e têm sido recolhidas desde o século 16. Tupinambás, tupis, coroados e cuicuros contavam, cada um, versões diferentes do dilúvio. Os carajás do Araguaia apresentam a seguinte versão:

"Uns grupos de caçadores perseguiam queixadas (porcos do mato), que se meteram em uma toca. Os índios começaram a cavar e, do buraco, saíram as queixadas, um veado, um tapir - animal semelhante à anta - e um veado branco. Cavando mais fundo, viram uns pés humanos. Chamaram um feiticeiro para desenterrá-lo e surgiu um homem magro e de abdome grande, chamado Anatiuá. Em seguida, Anatiuá começou a cantar e a pedir fumo.

Quando lhe deram tabaco, fumou até cair desmaiado. Acordando, recomeçou a cantar e a dançar. Os carajás ficaram com medo e fugiram. Anatiuá, enfurecido, transformou-se numa enorme piranha e começou a persegui-los, carregando enormes cabeças d'água. Gritou que parassem e, não sendo obedecido, quebrou uma cabeça. Uma fonte de água jorrou dessa cabeça e os rios começaram a subir. Mesmo assim, os carajás continuaram fugindo. Anatiuá quebrou as outras cabeças e a água cobriu toda a terra, exceto as montanhas da foz do rio Tapirapé, onde os índios se refugiaram. Com a ajuda do Bicudo, do Jaú e de outros peixes, Anatiuá jogou na água quase todos os carajás. Uma lagoa ainda existiria no local onde foram afogados. Os sobreviventes desceram de seu esconderijo nas montanhas quando as águas abaixaram e repovoaram as terras da tribo.


O dilúvio dos índios hopi

Esses índios, norte-americanos, que, atualmente, vivem em reservas indígenas no Estado de Arizona, confirmam, com clareza, em seu folclore, que houve um tempo em que o mundo esteve em desequilíbrio, girando loucamente por duas vezes. Isso reflete uma mudança de pólos. Eles, também, acreditam que houvera um mundo anterior ao atual e cujo fim se deu num dilúvio.

Suas lendas falam de civilizações avançadas, nas quais o homem andava em máquinas de voar. O chefe Dan Katchongva, o falecido Hopi San Clan, disse, enfaticamente, em uma entrevista: "Os hopis são os únicos sobreviventes de outro mundo, que já foi destruído". Portanto, os hopis estiveram aqui primeiro e fizeram quatro migrações; uma ao Leste, uma à Oeste, uma ao Norte e outra ao Sul, reclamando para si mesmos toda a terra, em nome de um suposto "grande espírito", conforme a ordem de Massau´u, e em favor do verdadeiro "irmão branco", o qual trará o "dia da purificação". Isto se parece com o anúncio de uma figura semelhante à do Messias, podendo ser considerada uma referência histórica ou intuitiva de Cristo. Esses índios creem, para breve, na chegada do "dia da purificação", o que, talvez, signifique a segunda vinda de Cristo.


O dilúvio em outras culturas ao redor do mundo


A mais conhecida história do dilúvio na literatura grega é a de Deucalião e sua mulher Pirra, contada por Apolodoro. Na Europa, encontram-se histórias do dilúvio na mitologia islandesa, lituana e do país de Gales. No Oriente, elas existem na Índia, na Birmânia, na Indochina e na Malaia, bem como entre os aborígines da Austrália, Nova Guiné, Melanésia, Polinésia, Micronésia e das Américas. Quanto à China, sabe-se que os chineses tinham conhecimento da história do dilúvio e sofreram com o mesmo. Mas, essa mesma história chinesa mostra que uma larga porção de terra permaneceu intacta.

A história torna-se, então, nossa maior testemunha, atestando, com emprego de recursos propriamente humanos e naturais, que não se pode contestar os eventos sobrenaturais, como o dilúvio, célebre alvo dos céticos, que, embasados supostamente na ciência, desmerecem a verdade bíblica, ignorando que esta mesma ciência sucumbe ante as revelações as quais ela mesma (a ciência) reputa verídicas.

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