Verbo



Existe ou não relação entre a Ciência e a religião?!



Por Stephen Adams

“Quem diz que a religião não se harmoniza com a ciência é ignorante tanto de uma quanto da outra”. Albert Einstein

Por muitos séculos, alguns têm apregoado que a religião cristã conflita com a ciência, e vice-versa. Os defensores de uma julgavam que a outra estava incorreta e, por isso, precisava ser completada ou adaptada. Enquanto uma pregava que o universo tinha origens explicáveis à luz da teologia, a outra buscava explicações “racionais” para a existência de tudo.

Desde muito tempo, este debate vem norteando a história da humanidade. Alguns historiadores defendem que a Idade Média foi chamada de “Idade das Trevas” porque a crença em Deus prevalecia e, por isso, a ciência ficou paralisada. Os oponentes da religião se gabavam em citar casos clássicos como os de Copérnico e o processo de Galileu. Mas nunca diziam tudo. Mostravam só um lado da moeda. Os cristãos tiveram de mostrar que não foi bem assim. É verdade que alguns sacerdotes eram contra a idéia de Galileu, insistindo que o sol girava em torno da terra. Mas a Bíblia e alguns outros sacerdotes não aceitaram este posicionamento. Não eram todos os cristãos que estavam envolvidos. Os grandes teólogos e boa parte dos cristãos foram a favor de Galileu. Este artefato os defensores da “ciência” não revelam. Para eles, a crítica chega a cegar a verdade.

Perguntamos, então: A ciência depende da religião? A religião depende da ciência? Se pressupormos que a ciência explica tudo e que ela tem as repostas para todas as questões naturais, entraremos num terreno perigoso chamado naturalismo, cuja pretensão é explicar tudo à base do que se vê e pode ser provado em laboratório. A adoção deste pensamento revelou a arrogância de alguns, que se autocoroaram senhores da verdade. Eles não permitem adversários e rechaçam, de forma desonesta, quaisquer tipos de contra-argumentações. Alguns cientistas chegaram a dizer que a ciência havia-se tornado “uma deusa”?!

A religião, por sua vez, ao enfrentar este embate, teve de se armar com uma defesa imediata. Como sustentar a fé cristã diante da ciência?

Os verdadeiros cientistas vêm-se encarregando de fazê-lo. O senhor John Houghton, cientista reconhecido, nos dá uma idéia do verdadeiro compromisso da ciência quando afirma que esta “tem a responsabilidade restrita de explicar os fatos observáveis à luz das explicações naturais. À religião cabe iniciar onde a ciência acaba. Ela deve levar o homem a uma transcendência maior. Dizer que Deus não existe porque e não se pode observá-lo é ridículo e vai contra os princípios científicos”.

Einstein declarou que “a ciência sem a religião é paralítica — a religião sem a ciência é cega”. Se Einstein, um dos maiores cientistas que já viveu, mencionou religião e ciência justapostas, é sinal de que alguns precisam no mínimo considerar e reavaliar suas opiniões sobre a relação entre esta união.

Nenhum cientista tem o cabedal de dizer: “Deus não existe”, porque assim não estaria agindo como um cientista. Cada um deve trabalhar no seu campo ajudando o outro simultaneamente. O cientista deve trabalhar no laboratório e o sacerdote na igreja, mas isso não significa que religião e ciência sejam oponentes, inimigas.

O fato é que, mesmo ao longo da história, se observarmos com atenção, a verdadeira religião e a verdadeira ciência sempre se deram bem. A prova é que os cristãos sempre deram mostra de excelentes membros que eram cientistas. A ciência procurava explicar a realidade e o cristianismo procurava levar o homem a Deus. Este é o resumo de como as duas agiram e agem. Grandes pensadores da Igreja ensinaram que era bom o homem se relacionar com a ciência. Hoje, com o desenvolvimento de ciências novas, como a física quântica e a teoria dos Quarks, fica mais necessária a presença da religião na humanidade. Não porque ela é mais necessária agora, mas porque sempre foi necessária. Nem opositores como Voltaire, Marx, Engels, Darwin e outros, e nem o futuro descartam a presença da religião. Já foi provado que esta briga só existe nas mentes preconceituosas e sem base. A aliança entre elas existe e permanecerá, pois se harmonizam. Como cristão e defensores da verdadeira religião, cabe a nós ficarmos no ponto de equilíbrio.

*Adaptado pela redação do Instituto Cristão de Pesquisas.

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