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Eu não adoro ídolos, produtos humanos [...] Ó rei, não te enganes; esse por dentro é barro, e bronze por fora; nunca comeu nem bebeu! (Acréscimos de Daniel 14.5,7)


COMENTÁRIO APOLOGÉTICO. Ao contrário do que pensa o senso comum, os textos apócrifos nem sempre coadunam com os dogmas católicos romanos. Em alguns casos, podem até mesmo serem usados contra o romanismo. Nesse fragmento, por exemplo, temos uma veemente interdição aos objetos de idolatria, o que o profeta qualificou de “produtos humanos”, confeccionados de “barro” e “bronze”. Porventura, essa censura não é também compatível com toda a gama de estátuas de santos que adornam as igrejas católicas e são veneradas por seus fiéis? Não são elas, também, produtos humanos, feitos de barro e bronze? O que o texto apócrifo afirma sobre a estátua de Bel pode ser dito igualmente sobre as estátuas católicas; isto é, “nunca comeram nem beberam”. Contudo, não necessitamos de uma citação apócrifa para reprovar a idolatria, pois os textos canônicos estão repletos de proibições neste sentido (ver notas de rodapé Gn 18.2; Êx 20.19; Êx 25.15; Êx 37.7; Nm 21.4-9; 1Rs 6.23-28; 1Rs 12.26-33; 2Rs 23.1-14; 2Cr 3.10-14; 2Cr 34.1-33). Encontramos, em um salmo, semelhante censura. Vejamos: “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta” (Sl 115.4-7).

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