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Embora castigados aos olhos dos homens, a esperança deles está cheia de imortalidade (Sabedoria 3.4)


Catolicismo romano. O texto apócrifo dá margem para o catolicismo ensinar que o tormento em que o justo está é o purgatório que o purifica para ingressar na imortalidade.

RESPOSTA APOLOGÉTICA. A doutrina do purgatório foi aprovada em 1439, no Concílio de Florença, e confirmada definitivamente no Concílio de Trento (1549-1563), mas ela já existia desde 1070. Essa doutrina ensina que os cristãos parcialmente santificados, que são a maioria, passam por um processo de purificação para depois entrar no céu. Essa crença veio do paganismo e é muito antiga, e não há espaço para ela na Bíblia. Nem mesmo o próprio texto apócrifo propicia essa interpretação em seu contexto, pelo menos não explicitamente. O que temos aqui é uma subversão ao próprio texto não inspirado. O fato é que o catolicismo romano não se satisfez com o que o próprio Cristo claramente ensinou sobre existirem apenas dois caminhos, duas portas, dois fins (Mt 7.13-14; 25.34-46). A Bíblia menciona esses dois lugares depois desta vida: o céu e o inferno, que nas línguas originais bíblicas são assim chamados: Seol, Hades, Geena (Lc 16.19-31; 12.4-5). Para o cristão não há mais condenação (Jo 5.24; Rm 8.1), pois alcançou justificação pela fé (Rm 5.1). O “purgatório” do cristão é o sangue de Cristo que lhe purifica de todo o pecado: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1Jo 1.7-9).

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