Apologética



Catolicismo - O Mariocentrismo Católico Romano (Mariolatria) – Parte V


A Igreja Católica Apostólica romana tributa a Maria, mãe de Jesus, vários títulos e honrarias que pertencem exclusivamente a Jesus Cristo. Com isso não concordam os evangélicos e isto tem provocado uma animosidade entre católicos e evangélicos, julgando os católicos que os evangélicos desrespeitam Maria, mãe de Jesus. E uma situação que logo vem à baila quando falamos com os católicos sobre Maria. Os evangélicos se esforçam para respeitar Maria dentro do que diz a Bíblia sobre ela, enquanto o ensino católico no Brasil sobre Maria é tão fora da Bíblia que o culto que se presta a Maria pode ser visto como simplesmente Mariolatria. Essa nossa colocação é vista como imprópria pelos católicos, no entanto, a Igreja Romana, na ansiedade de defender e provar seus ensinos sobre Maria, tornou-se Mariocêntrica, diferente do cristão, que é Cristocêntrico.

A)O Que é Cristocêntrico? É ter Jesus Cristo como centro da fé, como a Bíblia Sagrada nos ensina, ter a Jesus como único e suficiente salvador, mediador, consolador;

B)O Que é Mariocêntrico? E ter Maria como centro da fé, como mediadora, consoladora, intercessora, advogada;

Pode Ser o Cristão Cristocêntrico a Mariocêntrico? Não, ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24), há um só senhor, (1 Co 8.5-6), há um só salvador (At 4.12), há um só mediador (1 Tm 2.5).

Dogma da Igreja Romana Ensino da Bíblia

Sobre Maria Sobre Maria

1. – Maria, Mãe de Deus 1. – Maria, Mãe de Jesus

Concílio de Éfeso, 431 (Mt 1.18-25)

2.-Maria, Sempre Virgem 2. – Maria, teve Outros Filhos

Ela teria se mantido nessa (Mt 1.25; Mc 6.3-4; 4.31-35)

condição por toda a vida. Dogma

aceito no quarto século

3. – Maria, Imaculada 3. – Maria, Nasceu Sob

Foi concebida e nasceu livre do Pecado

pecado Original. Dogma decla- (Lc 1.47; Rm 3.23; 5.12)

rado pelo papa Pio IX, em 1854

4. – Maria, Assunta ao Céu 4. – Maria, aguarda a

O corpo de Maria subiu ao Ressurreição

céu. Dogma .Declarado pelo (1 Ts 4.13-18)

papa Pio XII, em 1950

Vejamos outros exemplos do Mariocentrismo católico:

Existe mais Igrejas Romanas em honra, louvor, adoração e homenagem a Maria, do que a Jesus Cristo;

O terço romano:

O Rosario se divide em três Terços: Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. 0 Terço é um conjunto de Ave-Marias e Pai-Nossos. São cinqüenta Ave-Marias rezadas em grupos de dez, que se chamam Mistério. Após cada Mistério segue um Pai-Nosso. O Terço é a terça parte do Rosário (“Rezemos o Terço”, Pe. José Geraldo Rodrigues. Editora Santuário – Aparecida-SP, 1996, pp. 4-5). Se ora mais a Maria, que ao Pai.

Até na idolatria, ou na construção de imagens de esculturas, se faz mais imagens de Maria, do que de Jesus Cristo. Os católicos romanos colam mais adesivos de Maria em seus veículos do que os de Jesus.

Há mais aparições, sonhos, revelações aos adeptos da Igreja Romana de Maria do que de Jesus.

1. A VIRGEM MARIA

O padre católico André Carbonera em um artigo denominado de Pascoladas declara algo que vai mais além do que uma crítica aos evangélicos em decorrência da nossa posição bíblica com relação aos títulos e honrarias que os católicos tributam a Maria.

Muitos afirmam crer em Jesus, mas têm ódio da Mãe do mesmo Jesus... Ah, eu adoro Jesus! Tenho Jesus no meu coração. Jesus é meu tudo. Entretanto, desconhecem, negam, rejeitam e insultam a Mãe deJesus... em nosso peregrinar terráqueo, quanto mais pistolões houver, melhor! Por que jogar fora, então, aqueles que pedem e rezam por nós, bem pertinho de Deus e de Jesus, como Maria e os Santos? Seria uma inútil auto-suficiência e uma enorme burrice...!

Primeiramente deixamos claro que não odiamos Maria, mãe de Jesus. Só queremos vê-la no seu próprio lugar indicado na Bíblia. Como poderíamos odiar Maria? E uma acusação sem fundamento. Em toda a literatura evangélica sobre a identidade de Maria não pode ser encontrado algo que possa justificar essa acusação tão absurda. Amamos Maria como a mãe de Jesus como apresentada na Bíblia.

Para desfazer esse equívoco, nada melhor do que apresentar o que a Bíblia realmente fala de Maria e depois confrontar com a posição católica sobre Maria.

Para esse confronto vamos examinar o livro “Glórias de Maria” de S. Afonso de Ligório, doutor da Igreja e fundador da congregação do Santíssimo Redentor. O nome da editora é Editora Santuário, de Aparecida, onde se situa o Santuário da Conceição Aparecida. Os editores informam que o livro é uma das obras mais conhecidas do santo doutor. Um livro que, em 237 anos, teve 800 edições, ainda que marcado pelo tempo, não precisa de justificativas para ser reeditado. Abordando o valor do livro o tradutor assim se pronuncia: Com as Glórias de Maria ergueu Afonso um perene monumento de seu terno a vivíssimo amor a Mãe de Deus (“Glórias de Maria”. S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, p. 13).

Diz ainda o tradutor: São freqüentes no presente livro as referências e Revelações. Que pensar sobre tais Revelações? Tais Revelações feitas por Deus mesmo, ou por meio de anjos e santos, são possíveis, são reais, e sempre existiram na Igreja. Pertencem à categoria das graças extraordinárias de Deus (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário, Aparecida – SP, p. 15).

Não pode ser alegado, pois, que se trata de obra não reconhecida pela Igreja Católica Romana.

Nesse confronto verificamos que os títulos e honrarias prestados a Jesus na Bíblia são transferidos a Maria, colocando-a, em diversas oportunidades, como alguém que se deve recorrer, de preferência, à pessoa augusta e soberana de nosso Senhor Jesus Cristo.

1.1. – MARIA É DEUSA PARA OS CATÓLICOS?

Os católicos manifestam seu sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos nessa declaração, mas os fatos falam por si mesmos. O livro “Glórias de Maria” atribui a Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia confere ao Senhor Jesus Cristo. Chama Maria de onipotente e por outros atributos divinos.

Sois onipotente, ó Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis. Os pecadores só por intercessão de Maria obtêm o perdão. Ó, mãe de Deus, vossa proteção traz a imortalidade; vossa intercessão, a vida. Em vós, Senhora, tenho colocado toda a minha esperança e de vós espero minha salvação, ...Maria é toda a esperança de nossa salvação, ...acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver pois só por vosso intermédio esperamos a salvação (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição de 1989, pp. 76-77,147).

Pedro recomenda: Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém (2 Pe 3.18). Quando conhecemos melhor o Jesus da Bíblia não podemos concordar com os títulos e honrarias que se prestam a Maria, pois acreditamos que nem mesmo Maria aceitaria a transferência para ela das honras que são exclusivas ao seu Filho – nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

2. POSIÇÃO DE MARIA NA BÍBLIA

Maria procurou interferir na obra salvífica de Jesus por três vezes durante o seu ministério. A primeira vez que Maria assim o fez foi quando Jesus visitou o templo, na idade de 12 anos. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? (Lc 2.48-49).

Na segunda vez foi na festa de casamento, em Caná da Galiléia: E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher; que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora (Jo 2.3-4).

E a terceira vez foi em Cafarnaum, quando Jesus estava pregando: Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar. E a multidão assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Portanto qualquer que fizera vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha mãe (Mc 3.31-35).

Mesmo quando Jesus foi interrompido no seu discurso por uma mulher que elogiava Maria por lhe ter amamentado e lhe dado à luz, Jesus não elogiou a mulher: Disse a mulher: Bem aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste! Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.27-28). Jesus assim falando, afirmou que existe mais bem-aventurança em ouvir a Palavra de Deus e guardá-la do que ter sido filho de Maria.

Em outras ocasiões mencionadas na Bíblia onde Maria aparece, notamos o seguinte:

1. Maria, ao receber a notícia que seria mãe do Salvador, se pronunciou como necessitada de um Salvador: Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (Lc 1.46-47).

2. Quando os magos visitaram Jesus, na sua infância, dirigiram-se a Jesus e não a Maria. E o que lemos em Mateus 2.11: E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. Como se vê, os magos não adoraram Maria, mas adoraram Jesus.

3. A última referência bíblica a Maria é a que se vê em Atos 1.14 quando ela se encontrava em oração com os demais seguidores de Jesus: Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. Fora isso, nada mais se lê no livro de Atos sobre Maria, assim como em todo o restante do Novo Testamento.

3. TÍTULOS E HONRARIAS

Existem cerca de 150 títulos dados a Jesus Cristo na Bíblia e que os cristãos precisam conhecer. Se não todos, pelo menos alguns deles devem ser conhecidos. Certamente isso evitará que aceitemos que os títulos atribuídos a Jesus sejam passados para Maria, sua mãe.

4. CONFRONTO ENTRE A POSIÇÃO DE MARIA NA IGREJA CATÓLICA ROMANA E A POSIÇÃO BÍBLICA

Declarações Blasfemas:

Isso motiva então as palavras de Eádmero ao afirmar que nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição 1989, p. 208).

NOTA: Hebreus 7.25 afirma que a nossa salvação é efetuada inteiramente por Jesus.

Há muito tempo teria já cessado de existir o mundo, assevera Fábio Fulgêncio, se não o tivesse Maria sustentado com suas preces (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida – SP, edição 1989, p. 209).

NOTA: Lemos em Hebreus 1.3 que o mantenedor do universo é Jesus.

Podemos, entretanto, ir seguramente a Deus e dele esperar todos os bens, diz Arnoldo de Chartres, agora que temos o Filho como nosso medianeiro, junto ao Pai, e a Mãe como nossa medianeira junto ao Filho. Como poderia o Pai deixar desatendido ao Filho, quando este lhe mostra as chagas recebidas por amor aos pecadores? E como poderia o Filho desatender à Mãe, mostrando-lhe esta os seios que o sustentaram? (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida – SP, edição 1989, p. 209).

Maria livra do inferno a seus devotos. Um verdadeiro devoto de Maria não se perde (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição 1989 p. 182).

É impossível salvar-se quem não é devoto de Maria e não vive sob sua proteção, diz S. Anselmo, e também é impossível que se condene a Virgem, e por ela é olhado com amor (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição 1989, p. 183).

NOTA: Em relação a esse ensino, a posição evangélica é a de que há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Tm 2.5). Ouvindo a Palavra de Deus: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Rm 10.17), o Espírito Santo convence o pecador do pecado da incredulidade (Jo 16.7-9) e ele recebe a Cristo como Senhor e Salvador dele e recebe o perdão de pecados e a certeza de que agora é filho de Deus (Jo 1.12; 1 Jo 2.1-2,12; 3.1-3), com direito à herança no céu (Jo 14.2-3). Jesus nos livra da ira vindoura (Mt 25.34; Rm 8.1; Hb 7.25).

No livro “Sereis Batizados no Espírito”, Haroldo J. Rahm, S.J. e Maria J.R. Lamego, Edições Loyola, São Paulo 1992, 6ª edição, p. 38 o escritor apresenta as vantagens da renovação carismática para os católicos, ao dizer: Nova Apreciação da Igreja, da Liturgia, da Eucarística, de Maria.

O Padre Marcelo declara: Maria nunca foi motivo de vergonha para Deus, mas motivo de muita alegria. Em sua humildade, fidelidade e capacidade de amar, tornou-se divina. Encontrou-se a si mesma no mistério profundo do amor do Senhor. Aqui veremos o que fazer para ter contato maior com a nossa Mãe que, em todos os momentos, por sua intercessão, nos guarda em seu coração e nos conduz à santidade (“Aprendendo a dizer sim com Maria”, Pe. Marcelo M. Rossi, Editora Vozes, 1998, p. 7).

5. ASSUNÇÃO DE MARIA

O ensino católico é:

Na festa da Assunção da Santíssima Virgem, a Igreja celebra a morte preciosa e a gloriosa assunção da Virgem Maria ao Céu. Com a alma de Maria foi levada ao Céu também o seu corpo. A assunção de nossa Senhora em corpo e alma ao céu foi definida pelo Santo Padre Pio XII, em 1o de novembro de 1950 (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1ª edição, agosto de 1976; p. 219, resposta às perguntas 173, 175).

NOTA: Jesus é chamado as primícias dos mortos (1 Co 15.20) e a próxima ressurreição, em corpo glorificado, se dará na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.22-23, 51-54; 1 Ts 4.16-17).

6. MÃE DE DEUS

O catolicismo romano, contrariando o Evangelho de João 2.1-2 – mãe de Jesus, considera Maria como se ela tivesse atributos da divindade, atribuindo-lhe os títulos: co-Redentora; Advogada; Refúgio dos Pecadores; Arca de Noé; Medianeira etc.

Resposta Apologética:

Um dos motivos desse entendimento católico se dá devido à interpretação incorreta do título Theotókos (mãe de Deus) dado a Maria. No Evangelho de João 2.1-2, diz: mãe de Jesus, que na língua grega é meter ton Iesous. O título Mãe de Deus do grego Theotókos, foi dado a Maria no Concílio de Éfeso, em 431 a.C. Theotókos, Deípara, era menos assustador do que o português Mãe de Deus, realçava mais a divindade do Filho do que o privilégio da mãe. Exaltava a pessoa de Jesus, reafirmando sua divindade (basta verificar nos documentos da Igreja Os Anátemas de Cirilo de Alexandria, que toda ênfase é dada à pessoa de Jesus). O importante documento intitulado Tomo de Leão declara: o Senhor tomou da mãe a natureza, não a culpa. Leão, bispo de Roma (440-461), acreditava que Maria deu a Jesus a natureza humana e não cria na Imaculada Concepção de Maria, já que ele acertadamente diz que o Filho não herdou a culpa da mãe. Finalmente, temos de considerar ainda que o título Theotókos foi aplicado como: mãe de Deus, segundo a humanidade. Assim disse o Concílio de Calcedônia: em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado, gerado, segundo a divindade, antes dos séculos pela Paz, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos]. Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis (“Definição de Calcedônia”- 451). Portanto, o título dado a Maria não tencionava ensinar que, de alguma maneira misteriosa, Maria dera à luz a Deus; o termo fazia parte de um argumento contra a cristologia duvidosa dos nestorianos. A intenção da mensagem era: Maria não deu à luz a um mero homem. Mas não havia qualquer intenção de ensinar que Maria era a origem da natureza divina de Cristo. Assim sendo, Maria não possui atributos divinos. Os títulos Redentor; Advogado; Refúgio dos Pecadores; Salvador; Mediador etc.são exclusivos do Senhor Jesus (Mt 1.21; 1 Jo 2.1; Mt 11.28-30; Jo 14.6; 1 Co 3.11; 1 Tm 2.5).

7. ORAÇÃO A MARIA

Sim desde que Jesus Cristo se dignou escolher Maria por Mãe, estava como Filho realmente obrigado a obedecer-lhe, diz S. Ambrósio. Tem Maria o grande privilégio de ser poderosíssima junto ao Filho, diz Conrado de Saxônia (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição 1989, p. 151). Ó Maria, querida advogada nossa, na rica piedade de vosso coração não podeis ver infelizes sem que deles tenha compaixão; e na riqueza de vosso poder junto de Deus salvais a todos quantos protegeis (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição 1989, p. 153).

NOTA: A Bíblia aponta Jesus como único advogado (1 Jo 2.1).

Falai, ó minha Senhora – dir-vos-ei com S. Bernardo, falai, porque vosso divino Filho vos escuta, e tudo o que lhe pedirdes vo-to concederá. Ó Maria, advogada nossa, falai então em favor dos miseráveis pecadores (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP, edição 1989, pp. 158-159).

NOTA: Nas bodas de Caná Jesus não atendeu a sua mãe (Jo 2.1-5).

Rogai, pois, ó Maria, rogai por nós; intercedei por nós e sereis atendida e nós seremos salvos com certeza (“Glórias de Maria”, S. Afonso de Ligório, Editora Santuário – Aparecida – SP , edição 1989, p. 159).

NOTA: A oração deve ser dirigida ao Pai em nome de Jesus (Jo 14.13-14).

Resposta Apologética:

Separadamente da obra redentora efetuada na cruz (Hb 10.20), não há outro modo para quem quer que seja se aproximar de Deus (Jo 14.6). Portanto, orar a Maria: Tem piedade de nós pecadores, não é somente inútil, é uma blasfêmia. Maria não tem lugar no plano de salvação, a não ser o lugar que lhe coube como mãe de Jesus. Quando o anjo falou a José a respeito de Maria, ele disse: E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1.21). Desde que Jesus disse: Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37; Mt 11.28), não há necessidade de que qualquer ser humano, ou mesmo anjo, lembre a Jesus a promessa que nos fez. Orar a Maria é, nada mais nada menos, do que colocar em dúvida a certeza das palavras: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Antes que a Igreja Católica Romana existisse, já as antigas religiões pagãs tinham suas Mães Misericordiosas, por exemplo, a deusa Kuanyin dos budistas e a rainha dos céus dos babilônios (Jr 7.18; 44.17-23-25). A assunção de Maria se dará com a de todos os crentes por ocasião do arrebatamento na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.51-54;1 Ts 4.16-17). Cristo é as primícias dos mortos e os que são dele participarão da ressurreição na mesma ocasião (1 Co 15.20-23).

8. PERGUNTAS A SEREM FEITAS AOS CATÓLICOS

1. Como podem os católicos ensinar que Maria foi sempre virgem quando as Escrituras freqüentemente falam dos irmãos de Jesus? (Mt 12.46; Mc 3.31-35; Lc 8.19,21; Jo 7.3; At 1.14);

2. As palavras antes de se ajuntarem (Mt 1.18) e: E deu à luz a seu filho primogênito (Lc 2.7) não implicam que Maria teve outros filhos?

3. Por que ensinam os católicos que Maria foi concebida sem pecado se a Bíblia declara: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós (1 Jo 1.8);

4. Pode oferecer uma prova bíblica ou histórica de que Maria ascendeu ao céu em corpo glorificado?

5. O que diz sobre as palavras de Jesus em Caná da Galiléia: Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo?Ainda não é chegada a minha hora (João 2.4)?

6. Não disse Jesus sobre Maria, em resposta às palavras de uma mulher da multidão, que dizia, bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste, mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.28);

7. Não disse Jesus: Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam (Lc 8.21)?

8. Não repreendeu Jesus os que usam de repetições em suas orações, dizendo: E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos (Mt 6.7);

9. Por que orar a Maria, quando a Bíblia ensina que Cristo é o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5) e o único Advogado para com o Pai (1 Jo 2.1).

9. OUTROS ENSINOS SOBRE MARIA

a) Concebida sem pecado

O dogma da imaculada conceição de Maria foi promulgado em 8 de dezembro de 1854 pelo papa Pio IX, como segue:

A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano... (“Catecismo da Igreja Católica”, Editora Loyola. 1999, p. 138). O destaque é nosso.

Resposta Apologética:

Somente Cristo foi assim concebido sem pecado ou imaculado (Hb 7.26). Os demais seres humanos são todos pecadores como lemos no livro de Romanos 3.23: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. O salmista Davi tinha a consciência do pecado e escreveu: em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe (SI 51.5). Quem nos purifica de todos os pecados é o sangue de Jesus como disse o apóstolo João: Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado (1 J.o 1.7).

b) Maria não teve outros filhos

O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra Maria como a Aeipartheno (aciparthénos), sempre virgem (“Catecismo da Igreja Católica”, Editora Loyola. 1999, p. 138).

O dogma da perpétua virgindade de Maria é muito salientado no culto prestado pela Igreja Católica. Eles consideram uma ofensa a Maria ensinar que ela teve outros filhos.

Resposta Apologética:

A Bíblia menciona os outros filhos de Maria. Em Mateus 1.24-25 lemos:

E José despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus. A citação até que de Mateus limita o tempo em que se não deviam conhecer sexualmente José e Maria, podendo fazê-lo depois do prazo imposto pelas conveniências de ordem moral ou religiosa. Dentre os irmãos de Jesus vêm citados: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 12.46; Mc 3.31-35; 6.3; Jo 7.3-5,10; At 1.14). Ora, dizem os próprios evangelistas em outro texto (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) que Tiago era filho de Alfeu e Maria, parenta da mãe de Jesus. Dizem então que se chamam irmãos de Jesus os que, ao depois, dá explicitamente como filhos de outros progenitores. Trata-se pois – dizem – de primos-irmãos ou outros parentes. Refutando esse argumento apontamos que há um Tiago menor que está incluído entre os apóstolos. Pois bem, para armar o efeito, fizeram dele um irmão de José, Judas e Simão que se encontram em Mateus 13.55, justamente porque esse Tiago na lista apostólica aparece com o pai indicado – é filho de Alfeu ou Cleofas. Esse Tiago menor, porém, não é o mesmo de Mateus 13.55 e de Atos 1.14. E como se prova isso? Basta ler João 7.3-5 confrontando com João 6.67: Disseram-lhe, pois, seus irmãos: sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-lo ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele (Jo 7.3-5). Então disse, Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? (Jo 6.67).

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