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Vai, numera a Israel e a Judá (2Samuel 24.1)


Ceticismo. Para alegar contradição bíblica, confronta este texto com 1Crônicas 21.1, que diz que Satanás incitou o senso realizado por Davi em Israel.

Resposta apologética: A compreensão desta aparente contradição exige que o proponente da crítica se curve à ortodoxia bíblica. Se nos orientarmos por ela, veremos que não existe divergência. O texto de 1Crônicas está mais bem adaptado ao caso, visto que a incitação, de fato, originou-se em Satanás, cujo alvo era Davi. Todavia, nada ou ninguém nos céus, na terra ou no inferno pode suplantar a soberania divina. Assim, a iniciativa de Satanás só foi possível por causa da teologicamente reconhecida “vontade permissiva de Deus”, sem a qual nada nem ninguém pode manifestar-se, seja onde e como for.

A concessão divina do ato tinha o seguinte propósito: uma construtiva “humilhação” do rei, uma lição espiritual. Duas oportunidades bíblicas se assemelham a esta situação. A primeira envolve Deus, Satanás e Jó (Jó 1—2). A segunda, Deus, Satanás e Cristo (os evangelhos). Em todos estes casos, a sanha satânica visava destruição, mas a multiforme sabedoria de Deus e sua longanimidade, a exaltação espiritual da humanidade.

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