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Crucifica-o, crucifica-o (Lc 23.21)


Testemunhas de Jeová. Traduzem este texto assim: "Seja pregado numa estaca!". Seu objetivo, com isso, é referendar o ensino que diz que Cristo foi morto em uma estaca de tortura e não em uma cruz, como tradicionalmente se defende.

Resposta apologética: Na análise que fizemos do termo grego que define o instrumento empregado na morte de Cristo: stauros, constatamos que, além do idioma original, a filologia grega ensina que stauros pode ser traduzido por: "pau; estaca; instrumento de suplício ou patíbulo; N.T. cruz" (Dic. Gr. Port. / Port. Gr.; Pereira, Isidro, p.527).

Embora existam, em outros idiomas, vários termos que servem para interpretar stauros, é certo que os dicionários que definem o grego coiné sempre destacam que, no Novo Testamento, seu significado é "cruz", com referência quase exclusiva ao instrumento de martírio de Jesus. Além disso, existem duas fontes que dirimem a questão: a bíblica e a histórica, a primeira corrobora com a segunda.

A "cruz" era um instrumento de execução usado pelos seguintes povos: assírios, persas, fenícios, egípcios, gregos e romanos. E, geralmente, era composta de duas partes de madeira sobrepostas, na qual se amarravam ou pregavam os criminosos. No século 1o, usavam-se pelo menos três modos diferentes de cruz. A saber: cruz latina, cruz de Santo Antônio (em forma de T) e cruz de Santo André (em forma de X). Aprendemos isso com a fonte histórica, que corrobora com a fonte bíblica, conforme Marcos15.26, de onde se depreende que a cruz na qual o Salvador fora supliciado era do modelo latino.

A versão da estaca jeovista não resistiria ainda às palavras de Tomé acerca de Jesus. Tomé afirmou: "Se não visse o sinal dos cravos" nas mãos do Mestre, jamais creria em sua ressurreição. Duas mãos sobrepostas em uma estaca poderiam ser fixadas com apenas um cravo. Aliás, é dessa forma que a STV ilustra seu Jesus: "estacado".

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