Apologética



Cultos afro-brasileiro – Parte 02 – História


Há 500 anos, antes de recebermos as primeiras influências da colonização portuguesa, o Brasil era uma nação tradicionalmente animista devido à presença exclusiva dos povos indígenas. Com a colonização portuguesa a partir de 1500, o catolicismo ganha força, e com a catequese dos índios o quadro social religioso brasileiro começa a ser alterado.

Logo em seguida outra cultura e crença também passam a ser semeadas. Era a cultura africana trazida pelos escravos africanos que lançava suas raízes em solo brasileiro. O resultado de toda essa mistura de fé, tradição, ritos e deuses, é a nossa realidade sincrética e uma diversidade de crenças como não existe em nenhum país do mundo, e tudo isso pode ser visto nas festas folclóricas regionais como bumba meu boi, marabaxo, festival de Parintins etc., nas músicas, nas roupas, nos pratos típicos tais como o acarajé (bolo à base de feijão fradinho), acaçá (bolo de flor de milho), amalá (acepipe à base da rabada), em datas festivas, por exemplo: 13 de janeiro (lavagem da Igreja do Bonfim em Salvador, BA), 2 de fevereiro (festa para Iemanjá), pontos turísticos e no Carnaval, anualmente.

Com isso, encontramos a influência do animismo, fetichismo e superstições no nosso dia-a-dia. Dessas influências queremos destacar as crenças e práticas provenientes da cultura africana, que tomaram forma no Brasil, durante esses cinco séculos de história. O sincretismo foi a estratégia de sobrevivência das crenças africanas. Contudo, é necessário lembrar que os africanos trazidos ao Brasil não eram homogêneos em sua origem, pertenciam a diferentes tribos. Vieram de três regiões: da Guiné Portuguesa, do Golfo da Guiné, Costa da Mina, e de Angola, alcançando Moçambique. O que precisamos agora é olhar além do véu cultural, dos contrastes, das diferenças culturais, que têm unido e embelezado o povo brasileiro.

© Copyright 2000-2024 Instituto Cristão de Pesquisas


Ícones feitos por Freepik from www.flaticon.com