Apologética



Catolicismo - Idolatria – Parte X


A Igreja Católica Romana insiste em dizer que não comete o pecado de idolatria quando os católicos se prostram diante da imagem de um suposto santo.

Ensina a Igreja Católica:

Que é idolatria?

Chama-se idolatria o prestar a alguma criatura, por exemplo, a uma estátua, a uma imagem, a um homem, o culto supremo de adoração, devido só a Deus (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 358).

Como está expressa na Sagrada Escritura esta proibição?

Na Sagrada Escritura está expressa esta proibição com as palavras: Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima, no céu, e do que há embaixo, na terra. E não adorarás a tais coisas, nem lhes dará culto (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 359, p. 74).

Que diferença há entre o culto que prestamos a Deus, e o culto que prestamos aos santos?

Entre o culto que prestamos a Deus e o culto que prestamos aos santos há esta diferença: que a Deus adoramo-Lo pela sua infinita excelência, ao passo que aos santos não os adoramos, mas só os honramos e veneramos como amigos de Deus e nossos intercessores junto dEle. O culto que prestamos a Deus chama-se latria, isto é, de adoração, e o culto que prestamos aos santos chama-se dulia, isto é, de veneração aos servos de Deus; enfim o culto especial que prestamos a Maria Santíssima chama-se hiperdulia, isto é, de especialíssima veneração, como Mãe de Deus (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1ª edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 371, p. 76).

1. ADORAÇÃO PIRAMIDAL

ENTENDENDO A ESTRUTURA PIRAMIDAL DO

CULTO DA IGREJA CATÓLICA ROMANA

LATRIA – ADORAÇÃO A DEUS

HIPERDULIA- DEVOÇÃO A MARIA

DULIA- DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS

A Dificuldade do Catolicismo Romano em Justificar essa Teoria

Se os católicos romanos se limitassem a exaltar os heróis da fé e a propô-los como modelo a ser seguido, não haveria nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos. Infelizmente não é isso que acontece, por mais que os líderes católicos romanos se esforcem nas suas infindáveis apologias. Suas explicações não passam de tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos de devoção: a latria, hiperdulia a dulia. Perguntamos: qual a diferença que pode haver entre a dulia e a hiperdulia? Qual a diferença das duas com a latria? A realidade éque os três termos se confundem, os dois termos (dulia a hiperdulia) podem ser envolvidos com a latria a tudo se torna uma distinção que não distingue coisa alguma. Será que as pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição Aparecida, ou de São João ou de São Sebastião ou de Jesus, sabem que estão cultuando em níveis diferentes? Ou para elas é tudo a mesma coisa?

Imagine um católico romano bem instruído que vai para seu culto. Primeiramente ele pretende cultuar São João, então dobra seus joelhos diante da imagem de São João, e oferece a dulia. Depois ele irá prestar culto a Maria, então ele deixa de praticar a dulia e passa a praticar a hiperdulia e finalmente ele deseja cultuar a Deus, então ele começa a praticar a latria.

Não acreditamos que o povo católico romano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e latria, e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os limites de cada uma.

Qual É a Diferença?

Adoração e veneração. Há diferença entre adorar e prestar culto de veneração? Prostrar-se diante de uma imagem, dirigir a ela orações e ações de graça, fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor se não for adoração, fica difícil saber o que o catolicismo romano entende por adoração. Chamar a isso de veneração é subestimar a inteligência humana.

Resposta Apologética:

Definindo a palavra idolatria

Essa palavra vem do grego eidolon, ídolo, e latreuein, adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc., que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos. Assim, idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se submeterem a Deus, em algum sentido submetem-se a valores representados por aquela imagem.

Na idolatria, há certos elementos da criação que usurpam a posição que cabe somente a Deus. Podemos fazer da autoglorificação um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais (Cl 3.5). Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente importante em nossa vida pode vir a ser um ídolo para nós. A idolatria não requer a existência de qualquer objeto físico. Se alguém adora a um deus falso, sem transformar esse deus em alguma imagem, ainda assim é culpado de idolatria, porquanto fez de um conceito uma falsa divindade. Nesse caso há diferença entre ídolo e imagem.

Deus condenou os ídolos (Sl 115.4-8), e também condenou as imagens (Êx 20.1-6). Era expressamente proibido ao povo de Israel fabricar imagens esculpidas ou fundidas (Êx 20.4; Dt 5.8). Imagens ou representações de deuses imaginários eram feitas em materiais como pedra, madeira, pedras preciosas, argila, mármore etc. A lei mosaica proibia tal ação (Êx 34.17; Is 44.10-18; Lv 19.4). Os profetas condenaram a prática com qualquer forma de idolatria (Is 30.22; 42.17; 45.20; Os 13.2; Hb 2.18). Essa legislação, como é óbvio, impedia que Israel se tornasse uma nação que cultivasse as artes plásticas, embora, estritamente falando, estas não fossem proibidas por lei. Tais leis não se aplicam às artes enquanto os produtos dessa atividade não forem venerados ou adorados. Ainda sobre a imagem há de se entender que em Êx 25.18.22, Deus ordenou que fizesse como ornamento a representação algumas figuras, mas não para adoração ou culto, nem para olhar para elas e homenagear ou admirar seus feitos poderosos. Trata-se de figuras de ornamento, artístico e não objetos de culto ou adoração.

SERPENTE DE BRONZE – Sobre a serpente de bronze, no hebraico, nachash nechosheth. A expressão é empregada exclusivamente em 2 Reis 18.4 para denotar a serpente feita de bronze, ou melhor, de cobre, por Moisés (Nm 21.4-9). Nossa versão portuguesa diz serpente de bronze. O motivo para a fabricação da serpente de bronze foi o incidente no qual os israelitas se queixaram diante de Moisés do tratamento imposto por Deus. O povo de Israel, evidentemente, sem se importar muito diante das suas anteriores tragédias, queixou-se de que estava recebendo uma alimentação inadequada. E Deus os castigou com as serpentes venenosas, que já haviam matado muitos israelitas.

Quando o povo se arrependeu, Deus ordenou que Moisés fizesse uma serpente de bronze, que muitos estudiosos preferem pensar que fosse de cobre. Aos israelitas foi prometido que todo aquele que tivesse sido picado por uma serpente e contemplasse a serpente de bronze, movido pela fé, seria curado da mordida da serpente a não morreria. Isso não é culto à serpente, nem veneração nem adoração, o que evidentemente Deus jamais admitiria. Prova disso foi que, posteriormente, indivíduos idólatras e supersticiosos entre os israelitas começaram a adorar a serpente de bronze, até que, nos dias do rei Josias, essa figura de bronze foi destruída (2 Rs 18.4), por haver-se tornado um objeto idólatra. Josias a chamou de Neustã (pedaço de cobre), dando a entender que a tal serpente era cobre e nada mais.

O fato de o próprio Senhor Jesus comparar a sua morte na cruz ao levantamento da serpente de bronze no deserto, por Moisés, não significa idolatria ou justificativa para colocar objetos ou imagens para veneração ou adoração, já que o uso aqui é figurado. Assim como tantos foram curados de seu envenenamento físico, assim também, em Jesus Cristo, aqueles que olharem para ele, impelidos pela fé, são salvos das eternas conseqüências do pecado e da morte. Assim, em João 3.14, nas palavras de Jesus, a serpente de metal torna-se um símbolo de Cristo como nosso Remidor, portanto, ao ser levantado (o que sucedeu na cruz, no caso de Jesus), Ele atrairia todos os homens a si (Jo 12.32), e a redenção por Ele preparada provê cura para o pecado e para a morte espiritual produzida pelo pecado.

Há também casos de ornamentação do templo de Deus ricamente construído por Salomão, como (1 Rs 6.23-30; 2 Cr 3.10-14) ou ainda a profecia da restauração do templo (Ez 41.17-20). Porém, todos esses objetos a imagens não eram para invocação, intercessão, culto ou adoração, mas apenas ornamento.

Assim, um ídolo representa alguma divindade, ou então é aceito como se tivesse qualidades divinas por si mesmo. Em qualquer desses casos, aquele objeto recebe adoração. Contudo, é possível haver uma imagem, sem que essa seja adorada, como no caso dos querubins que havia no templo de Jerusalém. Sem dúvida, esses querubins não eram adorados, nem eram padroeiros dos hebreus, nem intercediam por eles, nem eram recordação de alguém que eles amavam, tornaram-se uma exceção acerca da proibição de imagens. Uma imagem também pode ser um amuleto que é concebido como dotado de alguma forma de poder de proteger, de ajudar ou de permitir alguma realização.

E, naturalmente é possível a posse de uma imagem esculpida ou pintada, representando algum santo ou herói, religioso ou não, sem que a mesma seja adorada, por ser apenas um lembrete de que se deveria emular as qualidades morais e espirituais de tal pessoa. Por outro lado, quando tais imagens são veneradas então é provável que, na maioria dos casos, esteja sendo praticada a idolatria. As estátuas dos heróis no Brasil são comuns, mas nunca veneradas como deuses ou poderes divinos nem se fazem elaboradas cerimônias ou procissões com elas. Eles são relembrados como grandes mestres, cidadãos, líderes, e suas imagens são apenas memoriais desse fato.

O problema do catolicismo romano é que o fiel crê na intercessão feita por aquele santo, representado na imagem, pensam que o espírito daquele santo pode ajudar, proteger, guardar etc., daí todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses santos são veneradas ou adoradas mediante alguma forma de cerimônia que supostamente lhes transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se a imagem é apenas recordações dos nossos irmãos de fé, então por que se presta consagração à imagem, se faz procissão, se oferece flores, se beija, curva-se diante dela? Por que se ora a ela, faz pedidos, faz-se poesias e cânticos a ela? Assim sendo, a declaração católica romana de que a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, não uma adoração, parece mais com uma charada teológica ou talvez o desejo de errar (Gl 6.7).

A Igreja Romana tem ensinado há séculos que os santos e Maria intercedem pelos fiéis. Ora, se eles estão mortos e seus espíritos são invocados, isso é invocação de pessoas que já morreram e isso é pecado (Is 8.19). Isso parece mais com espiritismo que com Cristianismo, além do mais, há um só mediador ou intercessor entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1 Tm 2.5).

Os católicos romanos insistem em dizer que não adoram nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, mas só a Deus, porém, na prática não é isso que se verifica. Os intelectuais romanistas, tal como seus colegas budistas, dizem que as imagens de escultura são apenas memórias de qualidades dignas de emulação, de santos ou heróis espirituais, o que, presumivelmente, ajudaria os religiosos sinceros a copiarem tais virtudes. Entretanto, o povo comum não é sofisticado o bastante para separar a imagem da adoração à autêntica distinção entre a adoração e veneração. O resultado disso é que a idolatria tornou-se muito comum na Igreja Católica, tanto no Oriente como no Ocidente.

De acordo com uma teologia católica, a imagem seria apenas um memorial de alguma verdade ou pessoa espiritual; e a veneração assim prestada seria dirigida àquela verdade ou pessoa, e não à imagem propriamente dita. Entretanto, no nível popular, as pessoas realmente veneram as próprias imagens, e a cuidadosa distinção entre adoração e veneração é forçada ao máximo, para dizermos o mínimo. Na verdade, a veneração de imagens, nas igrejas ocidentais e orientais, que foi tão vigorosa e corretamente repelida pela Reforma Protestante, é precisamente aquilo que os judeus e os islamitas diziam – é idolatria. Esse é um dos maiores escândalos da cristandade. Teólogos católicos romanos têm chegado ao extremo de afirmar que os objetos materiais assemelham-se a entidades dotadas de espírito, capazes de atuar como pontes de ligação entre o que é material e o que é espiritual. Assim, não se trata apenas da imagem em si, mas o que está por detrás delas. Se os que morreram não podem interceder pelos que estão vivos, nem voltar para a terra (Lc 16.19-31; 1 Tm 2.5; Hb 9.27), como fica a situação dos romanistas que pedem ajuda e proteção, e mediação aos santos e Maria? Não estariam eles invocando espíritos? Se os mortos em Cristo estão com Cristo e os mortos no pecado estão no Hades, quem pode responder a essas invocações e orações? Não seriam os espíritos deste mundo, conforme nos escreve o apóstolo Paulo (1 Co 10.14-24 e 1 Co 8.4-6)?

E inevitável que, à proporção que os homens crescem em sua espiritualidade (oração e estudo da Palavra de Deus), que sua abordagem à pessoa de Deus torne-se cada vez mais mística e cada vez menos materialista. Os ritos vão perdendo mais a mais a sua importância, e as imagens terminam por ser abertamente rejeitadas. E, quando se obtém o contato direto com o Espírito Santo de Deus, de tal modo que se estabelece uma comunhão viva entre o Espírito de Deus e o espírito humano, então os homens não mais sentem qualquer necessidade de agência intermediária. Que isso ainda não tenha acontecido, no caso dos católicos romanos e outros, após tantos séculos de existência da Igreja Romana, somente demonstra o fato de que os homens, a despeito de tantas vantagens, não têm progredido muito em sua espiritualidade.

Assim, por trás do ensinamento romanista de que a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, está a intenção de se ver protegido, guardado, ou que o santo representado na imagem venha a interceder pelo pedinte, e isso é pecado de idolatria, pois só há um mediador (1 Tm 2.5) e de feitiçaria, pois os espíritos dos mortos não podem ser invocados pelos vivos (Is 8.19).

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém (1 Jo 5.21).

Portanto, a palavra idolatria é: Prestar culto divino a uma criatura ou prestado a um objeto fabricado, no qual se supõe qualquer coisa de Deus. Os católicos procuram minimizar o problema afirmando que não prestam adoração às imagens, mas apenas as veneram.

Argumento católico:

Defendem-se dizendo que Deus mandou fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da arca da aliança (Êx 25.18-20); que mandou fazer a serpente de bronze (Nm 21.8-9); e o templo de Salomão foi enfeitado com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1 Rs 6.23-35; 7.29). Afirmam que Deus proíbe apenas fazer deuses falsos e adorá-los, mas Ele não proíbe outras imagens.

Os querubins. A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da arca da aliança (Êx 25.18-20), advogada pelos teólogos romanistas, não se reveste de sustentação alguma. Porque não existe na Bíblia uma passagem, sequer, de um judeu dirigir suas orações aos querubins, ou depositar sua fé neles, ou pagar-lhes promessas. Esse propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hb 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o use de imagem de escultura como meio de cultuar a Deus (Ex 20.4-5; Deuteronômio 5.8-9). O culto aos santos e a adoração a Maria, à luz da Bíblia, desclassificam o catolicismo romano como religião cristã. E idolatria (1 Jo 5.21). Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.10). Em Apocalipse de João lemos: E eu lancei-me a seus pés para o adorar mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia (Ap 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (At 10.25-26).

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